O Caminhante

Caminho, fugitivo, perdido no deserto, abafado pela poeira, o sol quente queima-me a pele dos pulsos, pois é a única parte do meu manto de seda vermelha que ele nao cobre. Massacro as minhas pernas contra o chão, destruo o segmento das minhas forças humanas. Deixo oiro e prata para trás, deixo cortesãs e cortesãos, deixo amantes, deixo um trono, uma coroa, deixo tudo menos o desejo de voltar.
Olho o Horizonte em Este, como é belo, o deserto estende-se diante do meu olhar, como um oceano de areia e pedra, caminho, caminho sem caminho, apenas com desejo de ir para Este e deixar tudo para trás.


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