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Flores do jardim Mundial

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Tenho andado a pensar em flores! Em jardins cheios de cores Azuis brilhantes Rosas e vermelhos cintilantes Os orvalhos que reluzem Nas verdes plantas Nas heras trepadoras Na relva fresca Oiço o som das aves esvoaçantes Como voam em liberdade E os meus pés pisam a relva Danço com o corpo cheia de folia estonteante A natureza iluminada Pelo sol matinal de um dia qualquer Será isto verdade? Será isto a pura felicidade? As flores crescem e florescem...e eu corro cantando à simplicidade! Livremente, sem barreiras... Num mundo onde num deserto As pessoas se banham com água Sem medo de a gastar!

Fado, o canto de Portugal

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O Fado Vem do coração como uma eterna paixão Mata quem o canta Mas dá vida a quem ouvindo se encanta O Fado É mais que um tom e uma voz Mais que uma guitarra chorando de pranto Mais que uma melodia divina dos céus chorosos É  voz de um povo que eu amo tanto O fado é a voz dos marinheiros que choram de saudade Das senhoras do negro, Damas do amor e da tristeza É o canto do povo dos mares e da liberdade O Fado É dos lusos eternos é desde as águas de cetim da Lisboa nua Aos campos Alentejanos de oiro Até à negrura antiga do Norte filho da lua É das vitórias de Gama Das epopeias de Camões Aos milagres dos Reis Aos encarnados cravos de revolução A eternidade de um povo divinizado Por Deus abençoado É  a força de todas as vozes Um canto que chega ao coração Cravando no peito força e amor De todos aqueles que aqui se unem De todos os portugueses É aqui que a primavera nasce com mais floreados O Verão com mais luminosidade O inverno com mais beleza O

Europa

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Nascida de num embrião de Aço e Carvão Desenvolvida num feto de oiro e fogo Filha de desejada união Da mente do homem foste imaginada Para da paz e passividade criares a instauração Sentaram-se no trono de César E os homens da guerra decidiram a tua criação Vestiram-te de pano azul de seda Com doze estrelas doiradas da perfeição Dos Deuses as estrelas contadas Ainda montas o toiro pálido do viril Deus Filha de Agenor, filha de fenícia Desejada pelos homens assim como por Zeus Foste pelo Deus amada, E pelos homens criada Deitas-te no velho Atlântico mar Mulher ardente, de corpo feito, despida Antes formosa e moça Agora morres em velhice e fadiga Cansada das guerras Que te desflorou, Fazendo o mar sangrar Europa, Europa, tua morte nas mãos Ceifada serás pelas mãos dos que te criou Por quem de veludo e oiro te vestiu Sangras na guerra sanguinária O teu império muito durou Mas jamais durará...

Oração para o mundo

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Recordo as manhãs vistosas Cheias de alegria e luz Onde os sorrisos eram pedras preciosas E cada momento era tomado com amor Hoje, não vejo pomba numa oliveira Em flor na Primavera celeste Mas sim um corvo carniceiro e ladrão Pousado num cedro Onde tu paz, morreste Deixando cheio de raiva o coração Deste mundo outrora azul De veludo vestido e de verde maneira Hoje és cinzento e vil Cheio de cemitérios, febril E eu canto este canto Ao velho mundo que conheci Com fé de que Dentro da caixa de Pandora Se encontre a esperança No seu frio e sólido Fim!

A fugitiva

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Foge, foge doce flor do deserto Que vives guerras com os que ambicionam O que só a ti pertence Salta muros e vedações De braçada com esses manuscritos Esses que são teus paleio E não para estranhos alheios Esses que só tem negrura nos corações Moura encantada, Dos teus cabelos correm pétalas Essas que são de rosas negras como o sangue Esses negros principes, Que um mouro um dia trouxe Agora pendem em teus lisos E esvoaçantes Não te entendem esses Que querem roubar vossas terras Tropeça na saia que com o vento dançava Que os olhos enganava Como uma santa do altar Cristão Ou uma ninfa do olhar pagão? Sois prisioneira dos medos Mas tens coragem no coração Carregas os manuscritos com a língua mãe Que abençoará para sempre a dos Que te prosseguem sem compaixão Levantas-te, ergues-te Continuas a corrida, avistas mar os pés de sandálias já sangram É o sangue que derramaste pelo teu povo Fugitiva, entrega os manuscritos ao mar Pois muitos mistérios não são Pa

Ser Frio

Ser frio! São aqueles que todos desprezam São aqueles que todos apontam como sendo cruéis São quem o mundo matou E ressuscitou São os da fé infiéis Mas da esperança seguidores São os não histéricos, os não sentimentalistas São os não femininos, não machistas São os sós acompanhados São os que nunca são vitoriosos Sãos que nunca são falhados São os que não tem nada a ganhar Os que na vida nada tem a perder São os que dizem a verdade Sem omitir a realidade São os que usam em comunidade o coração e a mente em irmandade São os que não tem necessidade de mostrar Os que detestam errar Os que aceitam o juízo de valor Nas línguas do terror Não temem ou torturam Não negam nem conjuram A solidão convida-os a sair Pois quem irá compreender seres tão perfeitos? Quem amaria quem não demonstra amor aos olhos de quem é cego? No fim talvez Um dia haja compreensão Para entender Que são os frios Que mais amam!

Dias de Verão

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´ Os dias curtos, Os surdo-mudos de uma peste qualquer A Azia De um Verão sedentário Onde o calor ferve, e a febre crescia Fechado em casa, Seguindo as notas do silencio Repetindo os elogios do sujeito  invisível Uma atmosfera de tédio vazio Onde só e louco rio Vejo imagens a desfazerem-se nos meus olhos Bonecas de cera a derreter Pedras de osso a quebrar-se Fingimentos neste jogo de fantoches Hades de fogo, segredo flamejante de Lucifer Porque nos dias de calor de Verão A água é escaça, E nos nossos lábios escacei-a o frio da razão Caindo em paixões e calores de luxuria Onde só o corpo fala, onde se esquece o coração Porque o homem relembra o que devia ser esquecido, mas esquece o que devia ser relembrado, para não fazer sofrer o coração Pois o homem detesta sofrer, mas esquece de que nenhum se livra da loucura da solidão! Escrevi este poema num momento de total tédio e depressão, onde não havia sequer um som, apenas o desta música que aguça a preguiça e o cansaço. Este tipo d